ETF: Entenda o que é e como funciona

ETF, sigla para Exchange-Traded Fund em inglês, é uma opção de investimento muito popular hoje, mas nem sempre. Na verdade, os ETFs são uma das formas mais recentes de colocar dinheiro no mercado. Nesse modelo, empresas e fundos criam fundos negociados em bolsa para manter carteiras de ativos. Esses ativos geralmente são ações, índices de mercado, moedas, commodities e títulos de renda fixa. Em sua estrutura, são semelhantes aos fundos mútuos, mas com a adição de um componente negociado em bolsa. Na prática, isso significa que eles são fáceis de comprar e vender, e seu valor muda ao longo do dia. Quer saber mais sobre o que é um ETF? Neste guia, iremos te explicar como funciona esse investimento. Boa leitura.

O que é ETF?

ETFs ou Fundos de Índice são fundos financeiros destinados a atrair investidores para uma carteira de ações com foco em replicar a carteira e alavancar a rentabilidade de determinado índice como Ibovespa, Brasil e outros índices de ações.

Em outras palavras, um ETF é uma cesta de ações que replica o desempenho de um índice, possibilitando a negociação de índices de ações e ETFs de renda fixa.

Como vimos na introdução, empresas e fundos criam fundos de índice para manter um portfólio de ativos, que podem ser commodities, títulos e ações.

Para quem conhece, você pode pensar que é como um fundo mútuo, mas com a diferença de que um ETF pode ser negociado em uma bolsa de valores.

Por isso, muitos investidores definem os ETFs como um atalho para quem visa diversificar seu portfólio e investir no mercado de ações, mas com risco moderado.

Qual a origem dos ETF?

Os ETFs apareceram nos Estados Unidos em maio de 1989. Sendo o primeiro chamado de Index Participating Stocks e referenciada no Standard & Poor’s Index, conhecido por incluir as 500 maiores empresas de capital aberto do mundo. Ele ficou conhecido como S&P 500, e continua sendo um dos principais benchmarks para fundos negociados em bolsa.

Na época, os investidores ficaram intrigados, mas um tribunal de Chicago classificou os instrumentos como contratos futuros. Por esse motivo, eles estão disponíveis apenas em bolsas de futuros. 

Já em 1990 na Bolsa de Valores de Toronto apareceu o próximo ETF. Conhecida como a Toronto 35 Index Participating Unit (TIP 35), acabou se expandindo com a adição de ações TIP 100. Isto é para formar um índice mais abrangente das mesmas ideias. O sucesso desses fundos negociados em bolsa originais no Canadá levou os especialistas em investimentos dos EUA a tentar reintroduzir os ETFs.

Isso levou ao Standard & Poor’s Depository Receipt, também conhecido como SPDR ou “Spider”, em 1993. Que ainda hoje é bastante popular.

A popularidade do mercado de ETFs cresceu constantemente desde o seu início. O mercado de fundos negociados em bolsa dos EUA está agora acima de US$ 3 trilhões. Eles são mais populares do que os fundos de hedge em perspectiva. Este mercado é composto por mais de 2.000 fundos negociados em bolsa.

Os ETFs de ações são o maior tipo de ETF, representando cerca de 70% do mercado. Ele foi seguido por ETFs de renda fixa em 16% e ETFs de commodities em 6%. Existem outros tipos de ETFs pequenos, incluindo ETFs de moeda que representam 2% do mercado.

Principais características de um ETF

Os ETFs podem ser uma “porta de entrada” para investidores que desejam obter sua primeira exposição ao mercado de ações, mas há algumas coisas que os investidores precisam saber sobre esse tipo de fundo de índice antes de apostar nessa nova forma de negociação. Uma característica que também é uma vantagem dos ETFs é a possibilidade de diversificação. Algumas características dos ETFs são: Esse tipo de fundo é baseado em bolsa de valores, o que significa que sua organização está sempre adequada para que os resultados sejam iguais ou superiores ao índice utilizado, como IDIV, SMLL e IBOV. Por estar vinculado a um índice existente, o gestor do fundo precisa apenas replicar os ativos e suas proporções e realizar uma gestão passiva dos investimentos. A gestão ativa, para ser claro, seria o oposto do que é realizado quando os ativos selecionados consideram outros fatores que não o índice. Outra característica é a capacidade de negociar títulos a qualquer hora, em qualquer lugar através de um home broker. Essa plataforma possibilita o monitoramento e as operações com acesso a partir de um computador, tablet ou smartphone. O investidor tem acesso a todas as informações sobre a cota adquirida no fundo, de índice sendo informado sobre tudo o que acontece com sua operação. Os ETFs são negociados em bolsa de valores, facilitando para um investidor comprar e vender ações dos fundos em que está interessado. No caso de fundos de rendimento variável, o prazo de liquidação é de 2 dias a partir da data de negociação. E para fundos de renda fixa, o prazo é de apenas 1 dia. Como a oferta depende da demanda, isso representa mais liquidez para poderem ser comprados ou vendidos ao longo do dia. Após receber os lucros de suas ações, esse valor pode ser usado novamente para aumentar seu capital.

Como um ETF funciona?

A partir do momento em que um investidor adquire ações de um ETF, ele detém indiretamente ações do índice na mesma proporção em que cada ação representa aquele índice. O investimento será administrado passivamente por um gestor profissional que monitora o mercado e executa benchmarks, critérios para avaliar o desempenho das estratégias de investimento. Como esses índices de ações são compostos por múltiplos ativos, quem investe em um ETF e deseja replicar o índice está investindo indiretamente em uma carteira de ações diversificada, simplesmente comprando ações. No final, o patrimônio é dividido igualmente entre as ações negociadas na bolsa de valores. Como tal, seus preços variam muito, pois flutuam com base no preço das ações que fazem parte do fundo. É possível operar em índices setoriais ou sub índices, que também refletem um comportamento de mercado mais específico.

Quais são os tipos de ETF?

É importante conhecer também os diferentes tipos de etfs como:

ETFs de ações

Os ETFs de ações prometem investir em ações geralmente em empresas de capital aberto, mas em casos específicos também em empresas não listadas em bolsas de valores com o direito de receber dividendos dessas empresas.

ETFs de renda fixa

Também negociando em renda variável, temos ETFs de títulos que possuem ativos de renda fixa. O patrimônio desses fundos investe em títulos com menor volatilidade e risco e gera retornos mais estáveis ​​e previsíveis.

ETFs de commodities

Você também pode comprar ETFs de commodities, que investem em ativos considerados uniformes, indiferenciados e usados ​​como matéria-prima. Por exemplo: ouro, metais preciosos, produtos agrícolas e combustíveis fósseis.

ETFs de moeda

Os ETFs de moeda, por outro lado, como o nome sugere, buscam investir em moedas estrangeiras. É importante notar que ainda não temos ETFs com essa abordagem no Brasil, mas eles podem ser encontrados no exterior.

Vantagens e desvantagens dos ETFs

Ao investir em ETFs, os investidores compram uma cesta de dezenas de ativos, reduzindo o risco de investimento e proporcionando uma diversificação natural do portfólio. Outro ponto positivo associado aos ETFs são as taxas de administração relativamente baixas em comparação com outros fundos. Há também o reinvestimento automático de dividendos, economizando tempo dos investidores. Ainda em termos de economia de tempo, os investidores não precisam analisar especificamente cada ação do ETF porque o gestor o faz de acordo com uma estratégia definida. Por fim, os ETFs são fáceis de comprar e vender porque são negociados publicamente em bolsas por meio do Home Broker. Finalmente, deve-se notar que muitos fundos ativos não conseguem superar seus benchmarks. Dessa forma, os ETFs têm se mostrado competitivos mesmo em relação aos fundos ativos.

No entanto, existem desvantagens na compra de ETFs.

Por exemplo, como com ações e outros ativos, não há isenção ou flexibilidade de imposto de renda. A liquidez do fundo é relativamente baixa, pois o mercado brasileiro de ETFs continua pequeno. Por fim, os ETFs não geram renda passiva no Brasil. Dito isso, não é possível retirar valores de dividendos regularmente, pois eles são automaticamente reinvestidos pelo próprio fundo.

Conclusão

Neste conteúdo, reunimos os principais pontos sobre ETFs (Exchange Traded Funds) e como isso pode dar uma vantagem aos investidores em bolsa. Como vimos, esta opção é fácil de entender e operar, mas como qualquer investimento, há riscos. Os ETFs surgiram visando simplificar e trazer mais facilidade para todo mercado de investimentos. Afinal, você pode obter diversificação comprando cotas de fundos de índice e ainda obter bons retornos. Por exemplo, se um investidor deseja investir em todas as ações do Ibovespa, ele pode comprar ações de ETFs que consistem das mesmas empresas do índice. Portanto, investir em fundos de índice pode ser uma maneira rápida e fácil de investir em um índice que parece ter bons retornos e aumentar seus ativos. Negociar diferentes ETFs pode diluir e espalhar o risco e potencialmente investir em indústrias e segmentos de mercado específicos, mas ainda requer muita pesquisa para encontrar os melhores retornos.

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